sexta-feira, 13 de julho de 2012

Prisão

Certamente você já ouviu de várias pessoas que, hoje em dia, vivemos encurralados, em prisões domiciliares, com medo do mundo. Mas creio que a maior prisão que vivemos é a do medo de amar.

Por que? Porque amar dói. Dói sim, não tente me dizer que não porque dói. Te deixa aflito, te faz se entregar e muitas vezes sofrer por outra pessoa.

Amar não é fácil. Não é pra qualquer um, é pra quem tem coragem. Ou pra quem não pensa talvez.

Por estarmos machucados ou por medo de nos machucarmos, deixamos de arriscar, de colocar as cartas na mesa e apostar no amor. Mas talvez seja justamente o oposto disso que acontece. Talvez seja o amor que tira esses medos de nossa vida.

"No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora o medo produz tormento; logo, aquele que teme (se apavora) não é aperfeiçoado no amor" 1 João 4:18



Pelo lado bíblico, vejo que quem se aperfeiçoa, quem exercita o amor pelo próximo ( seja como companheiro ou outro tipo de relação), perde o medo e "faz as coisas". Pelo lado de vivência, vejo que casais e relacionamentos que dão certo são gerados quando alguém, por algum motivo racionalmente bem besta, não tem medo de amar alguém e se entregar por essa pessoa, mesmo sabendo que essa falhará, irá magoá-la algum dia.

Sabe por que? Porque querendo ou não, quando o amor entra em ação, o maior beneficiado é você. Mesmo que você não seja correspondido, amar alguém é uma experiência única que simplesmente chuta o medo que você tem dentro de você mesmo para bem longe.

Então, deixe com que o amor evolua em você, a um nível de perfeição. E que assim, a prisão onde você se encontra seja nada mais do que uma caixa de papel, que se dissolve e se abre com o tempo.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Equilíbrio & Vida

O homem é um ser bem complexo e não sabe lidar consigo mesmo. Talvez por isso tome as atitudes mais estúpidas possíveis.
Essa complexidade se deve à tricotomia humana, pois o homem é formado por corpo, alma e espírito. E quase sempre, não sabe como agir com tais componentes.

De maneira geral, o corpo apresenta necessidades físicas, como comer, beber, dormir, se exercitar, sentir prazer. Já o espírito nos induz a questões transcendentais como fé, salvação, abnegação, e demais credulidades em forças invisíveis. E a nossa alma apresenta nossas emoções, sentimentos, gostos, vontades, nossas particularidades que nos tornam únicos.

Fui breve na descrição porque o que devemos nos atentar não é tanto ao que cada área representa, mas como está cada uma dessas áreas em nossa vida.

Não sei se sou apenas eu que acho isso, mas tenho a impressão que o ser humano tende a ser extremista em tudo o que faz. Se quer manter o corpo sarado, malha na academia como um verdadeiro idiota, acreditando que seu corpo é a coisa mais importante, deixando de comer coisas que gosta, de estar perto de pessoas que gosta, e submetendo sua vida ao seu próprio corpo. Da mesma maneira, fanáticos religiosos extremistas, que condenam a tudo e à todos, falando em nome de Deus como se Deus falasse com eles a todo momento e tivesse a mesma opinião. Deixam suas próprias famílias de lado em prol de uma religião babaca que prega uma teologia de prosperidade financeira e marginalização dos não crentes, que os aliena de tudo que está acontecendo ao seu redor.

Até o lado emocional entra nessa. Pessoas jovens, com tantos anos pela frente, imersas num mundo de medos e paradoxos existenciais na falta de um companheiro(a), como se a vida dessa pessoas dependesse de outra que, muitas vezes, ela nem conhece, mas idealiza. Pessoas que dizem: "Eu sou assim, esse é meu jeito" e acham que é bonito ser você mesmo desrespeitando e ferindo os outros, porque, no fim, precisam ser aceitar por elas mesmas e tentam forçar o mundo a aceitá-las. Que são sempre guiadas pelo seu coração e, obviamente, sempre se frustram.

No fim, nenhuma dessas áreas é pior ou melhor. Elas fazem parte de você, de mim, de nós. Elas precisam ser alimentadas da maneira correta, e viver em equilíbrio uma com a outra.

Não adianta querermos suprir nossas necessidades espirituais ou emocionais comendo; assim como nossas necessidades físicas não são supridas por emoções ou espiritualidade. E aí está nosso grande defeito: alimentamos as áreas erradas de nossa vida e vivemos em constante desiquilíbrio.

Precisamos de prazer, comer, beber, dançar; precisamos de pessoas, de beijos, abraços e amor; precisamos de fé, acreditar em algo maior. Precisamos buscar o equilíbrio para viver..

Fácil? Jamais! A eterna busca do homem será por esse equilíbrio que o fará feliz em plenitude. Porém, desconheço alguém que tenha chegado em um nível tão perfeito. Mas temos que tentar.
O que não podemos é continuar numa estrada torta e cheia de frustrações, deixando de lado áreas de nossa vida que não precisam ser abandonadas, apenas cuidadas da maneira correta.

Acho que Deus crio um jogo muito complexo chamado vida, onde existem médicos para todas as áreas. Os médicos que cuidam do físico, da nossa saúde física; os doutores que cuidam da nossa alma, como os psicólogos e terapeutas; e também Jesus e o Espírito Santo, que cuidam de nosso espírito.
E nos fez uma grande pegadinha ao deixar com que cada um desses "médicos" participassem duma corrida do conhecimento, onde o que mais evoluísse ganharia mais adeptos, quando a grande sacada está na sabedoria que adquirimos e que nos mostra que para sermos felizes precisamos estar sãos de corpo, alma e espírito.



Dúvidas, estou à disposição. Hasta ;)






Unidos pelo sangue.

Unidos pelo sangue.
Forever in my heart.