domingo, 1 de abril de 2012

02/04/2012


É, hoje resolvi postar por um motivo especial: testemunhar e agradecer aqueles que tem feito parte da minha vida.
Bom, para quem não sabe, nem sempre fui cristão. Aliás, faz pouco tempo que sou. Desde o dia 26/08 de 2007 que "iniciei" essa nova vida.


Sempre fui um cara agitado, mas pacato ao mesmo tempo. Nada de baladas, bebedeiras, voltar tarde ou qualquer coisa do tipo. Fazer o que, vocês não conhecem minha mãe.
Destrambelhado até o último, tive que aprender a conviver com tiração de sarro. E desde que eu me lembro, sempre fui o mais zuado da minha sala. E pra quem acha que isso acabaria com o fim do ensino médio se engana. Agora em chamam de pokémon na faculdade. E qual o motivo? Meu nome. Por favor né, já é bullying isso.

Mas sabe, não ligo pra isso. Considero isso uma oportunidade pra puxar assunto e me relacionar.
Falando nisso, aí está outra forte característica: eu falo demais. Tenho um tio que até hoje me pergunta quem foi a praga que me ensinou a falar. Pois é, minha família é assim.

E por família, compreende-se mãe, tios, tias, primos e primas, avó e avô ( meu exemplo!). Pai? O conheci aos 18 anos. Hoje tenho 21 e o vi apenas duas vezes. Ele mora no bairro vizinho ao meu. Mas nada do que reclamar, antes tarde do que mais tarde concordam?!

Vivi sempre com minha mãe, avô e tio. E sabe, é legal. O problema é que, pra variar, a mulher é que manda na casa. Então lá vai uma dica: não importam quantos homens hajam numa casa, a mulher é que dá a última palavra. Então, dê um jeito de fazer com que ela tenha a mesma vontade que você, senão já era!

Bom, saindo dessa contextualização, quero falar quem sou eu.

Como diz na descrição do blog, sou um sonhador, piro o cabeção mesmo. Meu sonho é voar. Deve ser muito irado passear pelos céus e sentir aquele vento na cara. Esse é o mais legal e mais tosco dos meus sonhos. Mas no final, tô nem aí, o sonho é meu eu sonho como e com o que quiser!
Mas nem sempre tive muitos sonhos. Nem perspectivas diga-se de passagem.


Cresci cheio de preocupações com o dia de amanhã. Em como resolver problemas familiares sobre os quais eu não tinha poder algum. Mas poxa, eu não queria ver ninguém sofrer e, muito menos, queria sofrer junto. Então, desenvolvi uma característica meio chata de me preocupar com tudo.
Já não bastava eu ser baixinho, gordinho (sim, eu era!) e cdf, tinha que ser um cara preocupado com as coisas. Pelo menos, eu era engraçado ( e continuo tá?!)



Mas o que importa vem a seguir...


Depois que tive o meu encontro particular com Jesus, onde Ele falou comigo ( sim, Ele falou comigo, e fala até hoje), comecei a tentar uma nova vida. Não que eu fosse um deliquente juvenil, rebelde ou algo do tipo, mas tinha um pensamento comum com a maioria das coisas do mundão aê. Cada semana gostava de uma menina diferente e talvez por isso só tenha conseguido beijar a primeira vez aos 16, ou pelo fato de eu morrer de medo de tomar um fora; mentia todos os dias ( a não ser para minha mãe, com ela eu tinha que pensar bem antes de falar); de cada 10 palavras, 8 eram palavrões; mas o que eu menos gosto em mim, naquela época, é o fato de não ter uma esperança sequer de mudança, tanto nas minhas características pessoais, nos meus medos, quanto nos problemas familiares. Como viram, não era nada além de um jovem comum.


Creio que a maior mudança que o convívio com Jesus me trouxe foi a confiança. Às vezes parece que sou metido ( tá, de vez em quando eu sou mesmo), mas é que tenho tanta confiança de que tudo que eu farei vai dar certo que não fico com demagogias ou meias palavras para dar a certeza de que sei que terei sucesso naquilo que farei.


E com o passar do tempo, essa confiança me tornou uma pessoa mais agradável, não tão preocupada com o amanhã e com os problemas, e sim uma pessoa que acabou atraindo outras pessoas pra perto.
Dentre as várias pessoas que marcaram minha história posso citar o Rafael ( ex-melhor amigo), a Vivis, a Méry, a Valériah, o Gyovann, o Brunão, o Ítalo. Mas infelizmente, cada um desses tomou seu rumo após o ensino médio. Sinto falta deles. Porém, ganhei novos amigos, como o Filipe, o Claudinei, a Cris, o Jefferson, o Danilo, a Karin, o Jonatas, o Samuel, o Carlos, entre vários outros. Sério, são muitos, então não fiquem de nhenhenhém se não escrevi seu nome.
Mas principalmente, a Carol e a Adri.


Essas duas são as mulheres da minha vida. Amo elas mesmo! Sem elas, meu mundo ficaria, no mínimo, muito mais feio.
A dupla acima, mesmo sem se conhecer, conseguiram ver algo em mim que eu mesmo não via.
Após realmente me converter e seguir a Jesus, algo muito mais profundo que minha confiança era e é o que me alicerça até hoje: o próprio Jesus. 


Há uma luz que brilha em mim que não está ali por meus méritos ou qualidades, mas porque Jesus assim o fez. E assim, elas me amaram. Não simplesmente porque eu fazia coisas boas, seguindo os princípios de Deus, mas porque elas amaram o que eu realmente sou, não somente o que eu faço ou pareço ser.


Elas entenderam que o valor que eu carrego dentro de mim me torna muito mais bonito, legal, simpático, inteligente, confiável, útil e companheiro. Que esse valor é mais precioso que qualquer riqueza dessa mundo. E espero que vocês duas realmente achem isso!!!

E sabem, não estava numa época muito boa.
Na vida de um cristão, problemas aparecem a rodo. Todo dia é um desafio, seja em casa, no trabalho ou na escola, faculdade. Como lidar com a pressão de ter que acertar sempre?! Afinal, se sigo a Jesus tenho que dar o melhor testemunho possível a todos que me vêem.
E foi pensando assim que quase caí.

Coloquei algo sobre mim que não era necessário, e que é muito estúpido por sinal. Tentei agradar à todos, ser amigo de todos; deixei de fazer coisas que queria e que são lícitas apenas para não ouvir ninguém dizem que o cristão estava fazendo tal coisa; passei a mão na cabeça de muitos, deixei pra lá as atitudes que me feriam, afinal, sou cristão, perdoo tudo e não falo nada. Obviamente fiquei sobrecarregado. Não é possível e nem se deve tentar fazer isso. Se nem Jesus morreu e ressuscitou por todos, quanto mais eu viveria para todos.

Com toda essa carga, comecei a ter ciúmes de quem não a tinha essa vida. Não que em algum momento eu tenha achado ruim minha vida, mas queria que algo fosse diferente, ou comum ao que todos os outros experimentavam.

E por ciúmes de uma vida comum, e porquê não dizer mundana, meus pensamentos começaram a mudar e, por consequência, minhas atitudes também.
Por pouco, quase perdi o meu maior valor, o brilho que faz de mim alguém especial.

Sabe por que não perdi? Porque uma hora eu lembrei que aquelas duas, Carol e Adri, sempre me disseram que eu tinha algo especial, e que isso as fazia bem.
E eu não poderia perder o amor dessas duas nem que eu quisesse, a não ser que eu não fosse mais eu. E é o que eu estava fazendo. Mas as palavras e o amor delas me fizeram voltar para o caminho na qual eu deveria estar.

Portanto, obrigado à vocês duas, por me lembrarem na hora certa, de que a minha maior beleza estava escassa e que eu já não queria viver a minha vida mas a de outros. Obrigado por cuidarem de mim. Graças a Deus tenho vocês ao meu lado.

Sabe, fiz todo esse texto apenas para agradecer. Porque no meu pior momento o amor dessas duas, e de todos os outros que também oraram e se importaram comigo, me tornou forte o suficiente para voltar a ser eu mesmo.


Por fim, obrigado Espírito Santo. Por ser o meu maior valor, por ter me transformado, lançado fora meus medos, e por usar tantas pessoas quantas forem necessárias para que eu entenda que acima de tudo DEUS ME AMA!


Obrigado Pai, por me ensinar mais uma vez que o amor é maior e mais eficaz das armas, e que não estou só no caminho que escolhi para mim. Hoje, eu sou o que sou.

Deus abençoe a todos nós.

Unidos pelo sangue.

Unidos pelo sangue.
Forever in my heart.